Assim Sim!

terça-feira, janeiro 30, 2007

Quatro sacos de dois quilos!!!

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Quando João Ferreira recebeu a carta das Finanças para pagar uma coima de 122,25 euros por não ter entregado uma declaração trimestral de IVA a zero, não queria acreditar. O contribuinte, de 36 anos e residente em S. João da Talha, resolveu protestar de forma inovadora.
Pediu ao banco que lhe desse a quantia referida em moedas de um e dois cêntimos. Com quatro sacos, pesando cerca de dois quilos cada um, dirigiu-se ontem à repartição de Finanças Loures-2, localizada no Parque das Nações.
O meio de pagamento foi aceite e duas funcionárias demoraram uma hora e vinte minutos a contar as moedas. No fim, faltava dinheiro. João Ferreira disse que tudo estava certo, o que obrigou a uma recontagem de duas horas por parte do chefe da repartição. No final, foi passada a guia de pagamento.

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Sarah Mclachlan - Angel

In the arms of an angel
Fly away from here
From this dark cold hotel room
And the endlessness that you fear
You are pulled from the wreckage
Of your silent reverie
You’re in the arms of the angel
"May you find some comfort there..."

Descubra as diferenças!

Tudo tem uma explicação...

Assim não??

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Independentemente da distância ideológica, confesso que nutro uma certa simpatia pelo personagem “Professor Marcelo Rebelo de Sousa” e reconheço-lhe o mérito de ser um predestinado para a política. A sua capacidade retórica aliada ao pragmatismo e agilidade mental, conferem-lhe uma extraordinária capacidade crítica. Todavia, no que toca à questão do aborto, não consigo deixar de ficar com a sensação de que apenas quis criar uma “terceira via”! A sua necessidade de justificação ao repto lançado pelo BE foi de tal forma notória que nem todos os recursos de media já ao seu dispôr foram suficientes, tendo criado um site exclusivamente para o efeito!

O Professor quis deixar o seu cunho pessoal num site sem espaço para contraditório, mas acima de tudo, e numa fase de calmaria política em que o próprio Cavaco Silva é acusado de fazer campanha pelo actual governo Sócrates, parece-me que o Professor MRS não quis aceitar a proposta PS marcando assim alguns pontos na oposição!

O Professor gaba-se de ter sido o impulsionador do Referendo ao Aborto em 1996, e alegadamente, defende uma despenalização independentemente do momento, ou seja, a possibilidade de uma mulher poder abortar em qualquer momento da sua gravidez sem que tal consubstancie a prática de crime!

Todavia, não deixa de ser curioso notar que no vídeo do Professor, este venha apenas indicar o rol de situações já contempladas na legislação em vigor (casos de violação, deformações do feto, etc..), dando a clara impressão de que a actual lei, com a vertente da despenalização, seria suficiente. Mas o Professor MRS não o afirma categoricamente, defendendo que no seu entender a mulher não deverá poder abortar apenas por sua livre e espontânea vontade sem qualquer aconselhamento, sem qualquer razão! Hoje, o Professor MRS é contra a liberalização "total" do aborto, mas não concretiza em que outras situações seria "aceitável" o aborto.

Eu recuso-se a acreditar que uma qualquer mulher seja capaz de se sujeitar a uma experiência tão traumática como um aborto apenas “porque sim”.. porque acordou com uma ligeira depressão... um “estado de alma”...Não consigo acreditar que alguém se coloque nessa deliberadamente nessa posição sem medir minimamente as consequências dos seus actos e creio que defender o inverso, é passar um completo atestado de estupidez às mulheres portuguesas e deliberadamente menosprezar e atropelar o seu direito à liberdade e livre arbítrio!

O Professor MRS indicia que a possibilidade de abortar deverá estar sujeita a prévia avaliação do foro psicológico/médico/sociológico da mulher, mas o Professor MRS não indica se esse parecer médico deverá ser vinculativo! O Professor não indica o que seria uma causa justificativa, além das que já estão contempladas na lei actual! O Professor MRS não responde como seriam tratados os casos de urgência e de parto eminente, até porque segundo a sua tese, a mulher poderia abortar até ao momento do nascimento!

Admito que a Lei do Aborto, seja ela qual for, seja controversa.. discutível.. mas acima de tudo.. é necessária porquanto se trata prima facie de uma questão de saúde pública!

O VERDADEIRO GRANDE PORTUGUÊS...de seu nome OTÁRIO

sábado, janeiro 20, 2007


Portugueses e portuguesas, africanos e africanas, ucranianos e ucranianas....and soi on, and soi on (como diria Lauro Dérmio in Herman Enciclopédia):
Após ter visionado a lista dos grandes portugueses (alegadamente, se bem que uns da lista, de facto, são merecedores), descobri qual é o verdadeiro grande português...é o ganda OTÁRIO...sim, isso mesmo...o idiota, troglodita, de entre vários sinónimos.
E porquê....estamos nós (nós, ponto e vírgula, porque a mim ninguém me vai chular dinheiro para votar em mortos, ou figuras de qualidade dúbia...) a votar em gajos que muito deram a Portugal...blá,blá,blá,blá....e vejam onde isso nos trouxe...
Um país de gente sem cultura, sem civismo, sem capacidade de grandes feitos e reconhecimento internacional (excepto por 4 ou 5 figuras, estilo The Special One - Zé Mouras, para os amigos -, Marisa, Eusébio, Saramago, António Damásio...e..e...), país que economicamente está falido, mas onde no ano de 2006 (pasme-se) aumentaram as vendas de imóveis de luxo em cerca de 24% e automóveis de luxo em 47%....o país onde, infelizmente faleceu no dia de hoje, no Alentejo, outra vez, uma pessoa que demorou 4 horas a ter assistência médica, desde que foi chamado o 112...um país onde a gasolina sobe mais depressa do que o Luisão (jogador do SLBenfas) passeios e calçadas em Belém...mas para descer, quando o petróleo está em baixa..tá quieto...ó preto...literalmente...(Autoridade da Concorrência?? ahhahahahah...enfim..) os juros dos empréstimos bancários são altíssimos, mas os ordenados médios não chegam aos €750...onde o Estado vende os terrenos da prisão de lxa por €60 milhões, que estão avaliados em cerca de €250 milhões...onde todos pedem um esforço para recuperar a economia, mas a mais alta figura do estado cumula 3 reformas com o ordenado de presidente...onde projectos como o da OTA e o TGV (ops..) são considerados prioridade....onde enterrar o dinheiro do estado não faz mal, porque também não é nosso...onde os grandes gestores (sem qualquer tipo de prova ou reconhecimento) são os filhos, os sobrinhos, os irmãos dos primos, dos tios e dos k********s k os f**** a todos..., onde há mais centros comerciais por m2 em toda a europa, mas que em compensação os países ditos mais pobres, dessa mesma europa, são economicamente mais capazes de desenvolvimento económico (já com 27 países)...país onde uma criança pode ser abandonada, mas passados 5 anos o pápá lembra-se que tem uma filha e diz "vamos comer um geladinho ao Jardim Zoológico??"...e a justiça lhe diz...vá à vontade, que eu como sou cega (e disso não deve haver grandes dúvidas...) mando prender os "verdadeiros" pais...
Assim, rapidamente cheguei à conclusão que aquele que vive e faz o seu quotidiano em Portugal....é um otário....mas é sem margem para dúvidas o grande português de todos...e só tem um pequeno defeito...muito, muito pequenino........come e cala.... "vai buscar..."

XXX

sexta-feira, janeiro 19, 2007


Actualmente, é notório o crescente entusiasmo pelo culto das sociedades e movimentos secretos. De facto, na esteira das mais recentes obras literárias de ficção de Dan Brown, Daniel Silva e até de Carolina Salgado (numa óptica trágico/cómica/flátula/dramática), as sociedades secretas têm perdido a conotação pidesca que as caracterizava em detrimento de um certo “look in”. A áurea de misticismo e tabu criada em redor das mais variadas e ilustres (des)conhecidas sociedades secretas da nossa sociedade, tais como a Opus Dei, a Maçonaria e até o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (também ninguém consegue saber o que eles fazem por lá...), entre outros, despertam nas pessoas as mais inusitadas e curiosas interrogações, como por exemplo:
“O que será que eles usam para tirar as nódoas dos aventais?”
“Quais as novidades no BDSM espiritual?”

Estas e muitas outras pertinentes questões ficam por responder, mas talvez por isso, e sabendo que "a necessidade aguça o engenho", todas as associações ultra-secretas e elitistas têm algo em comum... todas têm sites na World Wide Web! E é nesses redutos de eleição tão inacessíveis ao comum dos mortais que descobrimos as mais inesperadas revelações:

O que tinham em comum Búfalo Bill (infame cowboy), André Citroën (pai do boca de sapo) e Shakespeare (to be or not to be)? Não sabe??? Pense um pouco... ainda não? De acordo com o saber deste bastião do conhecimento, todos estes personagens são ilustres maçons, ou seja, já nos tempos idos do farwest se usava avental para subir na vida e ganhar protagonismo!

Sem prejuízo dos exemplos supra citados, há um fenómeno underground na internet verdadeiro e genuinamente secreto! É uma confraria de irmãos “bcc:” que se pauta por um rígido código de silêncio e que perpetua avidamente a linhagem de forwards de e-mails cujos conteúdos fariam corar a mais experiente Doroteia! Esta irmandade caracteriza-se pela organização em sistema de células independentes, com um número estimado de 10 a 15 membros, mantendo-se assim invulnerável a ataques exteriores de outras células! Mas o que realmente caracteriza e distingue cada uma destas células são os rasgos de génio plasmados nas parangonas dos seus e-mails, a saber:

“Arrebenta a bolha 6”; “Traseirada da Semana”; “1/2 kg de alcatra sem osso”; “Operação dá e leva – XXX”; “Malhando xxx”; “Rodízio de chupeta – Isto vocês nunca viram – XXX”.

Por tutatis!!!

Ontem à noite...

quarta-feira, janeiro 17, 2007

...via calmamente [ainda que também ensonada e desinteressadamente] o programa da RTP sobre os supostos "Grandes Portugueses" do nosso país, quando, às páginas tantas pronunciava-se a Ana Gomes (mas quem é que ainda dá algum crédito a esta mulher?!?!?) sobre as aventuras (e desventuras) de Vasco da Gama...

À parte das baboseiras habituais que saem da boca da referida senhora, ficou-me na cabeça uma maravilhosa frase então proferida, proveniente de uma prodigiosa imaginação:

"Estava eu a trabalhar na Indonésia, e tanto nas cidades principais como nas ilhas mais longínquas e remotas, as crianças vinham ter comigo e a única personalidade portuguesa que conheciam era o Vasco da Gama"...

Ora, certamente pensando estar a falar para um bando de atrasados mentais, aquilo que fica no ar é o seguinte: estará a Ana Gomes a confundir o Vasco da Gama com o Figo ou com o Cristiano Ronaldo? Será que as crianças em causa ostentavam camisolas de clubes com o nome estampado de Vasco da Gama? Ou será que para defender uma personalidade vale tudo menos tirar olhos?

Inconscientemente, a Ana Gomes encontrava a resposta para o problema da dívida pública em Portugal: a tributação da estupidez.

Ser@ possível?

quarta-feira, janeiro 10, 2007


News flash: A expressão"sexo" perdeu o título de palavra mais pesquisada pelos cibernautas portugueses na internet! Este país está cada vez mais descaracterizado....

Gazeteiros!

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Pouco antes do Natal, foi anunciado que o Sindicato dos Professores tinha vencido duas acções contra o Ministério da Educação em tribunal administrativo, estabelecendo-se jurisprudência no sentido de que as célebres aulas de substituição, tão contestadas pelos professores, davam direito ao pagamento das mesmas como trabalho extraordinário. Se esta jurisprudência se vier a fixar como doutrina definitiva, isso significará que os professores terão conseguido, nos tribunais e por via financeira, derrotar o Ministério. Porque não se imagina que o Ministério disponha das verbas necessárias para pagar as aulas de substituição como trabalho extraordinário - além de que isso subverteria por completo todo o espírito e alcance da medida.
As aulas de substituição, como toda a gente percebeu (e, primeiro que todos, os próprios professores), destinam-se a tentar pôr termo ao flagelo do absentismo dos professores, sem paralelo em nenhum outro sector de actividade, público ou privado. Estabeleceu-se há décadas o princípio de que um simples atestado médico, que toda a gente sabe ser, regra geral, falso, mas que é incontestável e incontestado, basta para que um professor deixe sem aula uma turma de trinta alunos. O que eles fazem, aparentemente sem remorsos nem qualquer espécie de crítica dos seus pares.
Ora, se a consciencialização profissional não funciona neste caso, se o absentismo dos professores não tem, legalmente, qualquer reflexo no salário ou na carreira, só restam duas atitudes: ou nada fazer ou fazer alguma coisa. O primeiro caminho, e o mais cómodo, foi o adoptado por todos os governos até aqui - com os brilhantes resultados que se conhecem a nível da aprendizagem e da preparação dos alunos. O segundo caminho é aquele que tem sido adoptado corajosamente pela actual ministra, Maria de Lurdes Rodrigues, com a contestação corporativa que se tem visto.
Não podendo actuar por via da penalização salarial (abençoada Constituição!), a ministra lembrou-se de um verdadeiro ovo de Colombo: as aulas de substituição. A função mais aparente deste mecanismo, em que um professor que está na escola e dentro do seu horário mas sem aulas para dar é chamado a substituir outro que faltou - é, obviamente, a de manter os alunos ocupados e minimizar os danos causados pela falta do professor em causa. Os sindicatos têm contestado a utilidade disto, com o argumento de que um professor não está preparado para leccionar fora da sua especialidade, nem lhe cabe “tomar conta dos meninos”, mas apenas ensiná-los. Não vale a pena perder muito tempo com este argumento, também esgrimido em termos perfeitamente idiotas por alguns alunos: um professor que não é capaz de substituir um colega durante uma aula, a quem não ocorre nada de útil para ocupar os alunos nesse tempo, é definitivamente incompetente e não está na escola a fazer nada.
Mas a finalidade mais importante das aulas de substituição, e o seu verdadeiro ovo de Colombo, é que o sistema permite finalmente consciencializar os absentistas habituais de que as suas faltas causam danos e incómodos concretos - e, agora, já não apenas aos alunos, mas também aos colegas. Parece evidente que não passará a ser muito estimado pelos colegas um professor que os obrigue sistematicamente a substituí-lo. Quanto mais um faltar, mais os outros se terão de sacrificar. Alguém consegue contestar a justiça pedagógica e exemplar desta medida?
Falhados os argumentos para tal, perdida a batalha junto da opinião pública constituída pelos pais e pelos alunos que se sentem no direito de ter aulas quando vão à escola, os sindicatos lembraram-se de deitar mão do argumento financeiro e, ao que parece, encontraram um inestimável aliado nos tribunais administrativos.
Estas sentenças são aberrantes, sob diversos pontos de vista: do ponto de vista da razão invocada, do ponto de vista ético (afinal, os professores não são capazes de dar aulas de substituição, mas, se lhes pagarem a dobrar, já são?), e, sobretudo, do ponto de vista cívico - decidindo contra o bem geral, que é o da comunidade de alunos e pais, e a favor de uma minoria sócio-profissional. Aliás, é esta a tendência habitual dos tribunais, quando chamados a resolver questões laborais - revelando um total desconhecimento do que seja a vida das empresas e dos locais de trabalho, onde os trabalhadores não gozam, nem podem gozar, como eles, de um estatuto de total independência e irresponsabilidade.
Imaginarão os senhores juízes autores destas sentenças que existe alguma empresa que possa sobreviver, se quem nela manda não puder encarregar um trabalhador sem nada que fazer de se ocupar de uma tarefa a cargo de um outro que faltou? Ou se só o puder fazer se lhe pagar isso como trabalho extraordinário, apesar dele estar dentro do seu horário de trabalho? Imaginarão os senhores juízes que há algum país do mundo onde este regime vigore?
É habitual, sobretudo entre os empresários, ouvir queixas sistemáticas à inflexibilidade da lei dos despedimentos: segundo eles, não é possível despedir ninguém em Portugal porque a lei o não permite. Ora, eu discordo desta ideia feita: o que a lei não permite é o despedimento sem justa causa. Trata-se, obviamente, de uma posição ideológica, que eu partilho: não confio o suficiente nos empresários portugueses para abdicar deste princípio. Mas, a meu ver, não é por aí que se torna inviável despedir um mau trabalhador, porque a lei fornece motivos suficientes para tal e, desde logo, o princípio geral de “qualquer facto que, pela sua gravidade, torne impossível a subsistência da relação de trabalho”.
O problema não está aí, está algures. Está na forma como os juízes do trabalho interpretam a lei - ou, melhor dizendo, a forma como a maior parte das vezes não chegam sequer a interpretá-la nem a analisar os factos invocados, decidindo logo a favor do trabalhador, com base em questões meramente formais que têm a vantagem acrescida de dispensar os juízes de ter de fazer o julgamento. E, nos casos em que o fazem, os juízes revelam, como já disse, uma notável ignorância e incompreensão do que sejam as relações de trabalho nas empresas e no mundo normal, onde os trabalhadores se têm de bater continuamente para mostrar o seu valor e os patrões têm o direito de exigir o melhor a quem pagam. É fácil abstrair-se disso quando, faça-se o que se fizer, bem ou mal, se tem sempre o ordenado garantido ao fim do mês e a progressão automática na carreira.
É esse sistema que a justiça se prepara para consagrar a favor dos professores, deitando por terra uma das verdadeiras reformas deste Governo. Como, além de mais, se tornou moda contestar a acção governativa através de providências cautelares nos tribunais - o que se traduz numa curiosa usurpação de funções, em que o poder judicial absorve o governativo, como no caso do encerramento das maternidades -, é provável que a justiça venha a conseguir anular, uma por uma, todas as tentativas de reformar o sistema de castas corporativas em que vivemos. Depois, no final, presumo que apaguem a luz e fechem a porta.
Miguel Sousa Tavares in Expresso