Na revista Única do Jornal Expresso de 23 de Junho de 2007, vem uma rábula irresistível que ilustra bem o conceito "Joe Berardo":
"Entrevistador: Ainda se lembra qual foi o primeiro quadro que comprou na sua vida?"
"Joe Berardo: Perfeitamente. Fui comprar a mobília para a minha casa na África do Sul. Vi um quadro na parede e pedi à minha mulher para lhes perguntar quanto queriam por ele. Na altura o meu inglês era fraco. Gostei do quadro e comprei-o. Em casa percebi que era uma reprodução impressa. Quando vi isso, disse para mim: “filhos, no primeiro quadro que comprei, já me enganaram”. Ainda censurei a minha mulher por não me ter avisado, mas ela disse-me: “Joe, se tu querias o original tinhas de ir ao Louvre, porque isso é a Mona Lisa”. Nem foi caro, e quando o comprei estava extremamente feliz”
Esta pequena pérola trágico-cómica serve essencialmente para demonstrar o potencial de um homem obstinado! O Joe Berardo tem muito de português, e quase que adivinho o primeiro pensamento do Comendador após ter percebido que havia sido enganado: “Hei-de conseguir impingir esta Mona a algum otário pelo dobro do preço que esta me custou… e quem será esse tal de Louvre?”
Apesar do engano, Joe Berardo não saiu mal na fotografia, afinal, apesar de não saber distinguir uma fotocópia de um original com 500 anos, o Comendador apaixonou-se pelo sorriso enigmático da Gioconda! Seria bem pior se tivesse optado pela pintura clássica do “menino que chora” ou pela mítica imagem dos “cães a jogar póquer” numa sala de jogo.
Mas após a leitura deste incrédulo epitáfio é que percebi a verdadeira natureza da obsessão de Joe Berardo por arte: PIRRAÇA! O Comendador ficou de tal forma inquietado que terá feito a promessa de que seria o proprietário de um vasto e respeitado espólio artístico! E não satisfeito com o seu monumental feito, ainda conseguiu vergar um governo à satisfação do seu capricho pela escolha do CCB (futuro “Joe Berardo’s Place”) tendo já alinhavada a venda, por atacado, de toda aquela modernice à qual ele nem sequer deve achar muita graça...
Mas Joe Berardo tem mérito! Ele soube rodear-se dos marchands certos e tem um inquestionável faro para o dinheiro, está-lhe no sangue, seguramente ele terá um cromossoma $ gravado no seu genoma.
Bem-haja Comendador! Só lhe peço encarecidamente é que não compre muitas cópias de Mona Lisa para o já “martelado” plantel do SLB!
"Entrevistador: Ainda se lembra qual foi o primeiro quadro que comprou na sua vida?"
"Joe Berardo: Perfeitamente. Fui comprar a mobília para a minha casa na África do Sul. Vi um quadro na parede e pedi à minha mulher para lhes perguntar quanto queriam por ele. Na altura o meu inglês era fraco. Gostei do quadro e comprei-o. Em casa percebi que era uma reprodução impressa. Quando vi isso, disse para mim: “filhos, no primeiro quadro que comprei, já me enganaram”. Ainda censurei a minha mulher por não me ter avisado, mas ela disse-me: “Joe, se tu querias o original tinhas de ir ao Louvre, porque isso é a Mona Lisa”. Nem foi caro, e quando o comprei estava extremamente feliz”
Esta pequena pérola trágico-cómica serve essencialmente para demonstrar o potencial de um homem obstinado! O Joe Berardo tem muito de português, e quase que adivinho o primeiro pensamento do Comendador após ter percebido que havia sido enganado: “Hei-de conseguir impingir esta Mona a algum otário pelo dobro do preço que esta me custou… e quem será esse tal de Louvre?”
Apesar do engano, Joe Berardo não saiu mal na fotografia, afinal, apesar de não saber distinguir uma fotocópia de um original com 500 anos, o Comendador apaixonou-se pelo sorriso enigmático da Gioconda! Seria bem pior se tivesse optado pela pintura clássica do “menino que chora” ou pela mítica imagem dos “cães a jogar póquer” numa sala de jogo.
Mas após a leitura deste incrédulo epitáfio é que percebi a verdadeira natureza da obsessão de Joe Berardo por arte: PIRRAÇA! O Comendador ficou de tal forma inquietado que terá feito a promessa de que seria o proprietário de um vasto e respeitado espólio artístico! E não satisfeito com o seu monumental feito, ainda conseguiu vergar um governo à satisfação do seu capricho pela escolha do CCB (futuro “Joe Berardo’s Place”) tendo já alinhavada a venda, por atacado, de toda aquela modernice à qual ele nem sequer deve achar muita graça...
Mas Joe Berardo tem mérito! Ele soube rodear-se dos marchands certos e tem um inquestionável faro para o dinheiro, está-lhe no sangue, seguramente ele terá um cromossoma $ gravado no seu genoma.
Bem-haja Comendador! Só lhe peço encarecidamente é que não compre muitas cópias de Mona Lisa para o já “martelado” plantel do SLB!
Comments
No response to “Grande Mona!”
Post a Comment | Enviar feedback (Atom)
Enviar um comentário