Violado por duas extraterrestres

segunda-feira, abril 09, 2007

Libanês que vive na Austrália diz que uma era loira e outra de aparência asiática.

Um homem libanês, que vive na Austrália desde os 9 anos, alega ter sido raptado por duas extraterrestres com quem terá sido forçado a ter relações sexuais, conta a edição electrónica da Revista Brasileira de Ufologia.
O invulgar relato foi revelado pelo matemático e químico australiano Bill Chalker, que se dedica ao estudo de fenómenos OVNI. Segundo ele, o libanês Peter Khoury descreveu como «profundamente perturbadora» a experiência que teve com duas mulheres alegadamente alienígenas.
Umas das extraterrestres foi descrita como sendo uma «mulher agressiva, loura e sem pêlos pelo corpo» e a outra de «aparência asiática com olhos escuros, cabelo preto e liso caído pela altura dos ombros».
Segundo a vítima do ataque, «a loira parecia ser quem dava as ordens» e as duas comunicavam-se «telepaticamente».
O homem diz ainda que foi levado inconsciente para a nave espacial das duas alienígenas e que terá sido obrigado a ter relações sexuais com as duas, mas que conseguiu recolher alguns cabelos da alegada mulher loira, que ficaram presos nas partes íntimas do seu corpo.
Estes cabelos ter-se-ão tornado, segundo a publicação brasileira, no primeiro material extraterrestre sujeito a testes de ADN.
Segundo o matemático australiano que conta a história, citado pela Revista Brasileira de Ufologia, «embora aparentemente humanos, os fios de cabelo mostravam cinco padrões distintos de ADN, que são características de um raro subgrupo racial de chineses mongóis» e que nunca foram encontrados numa mulher loira.”
In iol

Primeiro que tudo quero deixar claro que, desde miúdo, acredito na vida extraterrestre. E quero forçosamente acreditar nesse facto porque vejo a Natureza (chame-se, assim, Deus, Alá, ou outra nome qualquer), como perfeita e, neste sentido, quero acreditar que foi capaz de fazer algo muito melhor que o ser humano que somos todos nós (esta afirmação “somos todos nós” não vale, naturalmente, para todos os extraterrestres que estejam a ler este post, pois bem sei que há alguns que o frequentam).

Acredito em extraterrestres, dizia, mas não posso acreditar nesta notícia. E não acredito porque há demasiados factos que não fazem sentido.

Dirá o vulgar leitor: “é óbvio que é falso porque ninguém é forçado a ter relações sexuais com duas mulheres simultaneamente, e que, pela descrição até aparentam ser duas brasas”.

Errado.

As minhas razões são outras e passo a expô-las:

1º - Não sinto nenhuma simpatia pelo Zé Pinto Coelho e respectivas doutrinas, mas não nos esqueçamos que o tipo é libanês e o convívio com o Emile Lahoud (o tal que, por alturas do Natal costuma oferecer uma bombas ao Hezbollah (ou, se se preferir, em português, “festa de Deus”) e, mais recentemente com as bombas de urânio enriquecido israelitas não é salutar para a saúde mental de ninguém, circunstância a que acresce o facto do tipo viver actualmente na Austrália e, por isso, apanhar muito sol na cabeça.

2.º O homem diz que foi levado para a nave tendo em vista a consumação do acto. Ora tal afirmação não se coaduna com o facto, também afirmado pelo Sr. Khoury segundo o qual a chefe dos extraterrestres, era “agressiva”. Qualquer pessoa sabe que uma “mulher agressiva” consuma o acto onde lhe apetece e não se dá ao trabalho de levar a vítima inocente para o seu habitat.

3.º Diz ainda a pobre vítima que “conseguiu recolher alguns cabelos da alegada mulher loira, que ficaram presos nas partes íntimas do seu corpo”. Por um lado o facto de um tipo que diz ter ficado “profundamente perturbado” se pôr a inspeccionar o seu corpo depois de violado por duas mulheres faz, só por si, suspeitar da veracidade do facto, por outro, uma pergunta surge imediatamente: como é que os cabelos da mulher extraterrestre foram parar às “partes íntimas” do homem?

Será que a extraterrestre tinha queda de cabelo? (Se é assim não me interessa conhecê-los, porque se os extraterrestres ainda não encontraram cura para a alopécia então não devem ser muito mais inteligentes que os humanos); ou será que a extraterrestre andou a inspeccionar o corpo do macho libanês antes de consumar o acto?

São demasiadas dúvidas, pelo que, aplicando o universalmente aceite princípio do “in dubio pro reo”, ter-se-á de concluir que não existiu qualquer violação.

Tenho uma teoria para o que realmente se passou que me parece mais verosímil:

O tal Peter Khoury e o Bill Chalker, são amigos e o segundo, que é químico (e, como se não bastasse, matemático) resolveu arranjar umas “substâncias” novas para os dois fumarem e, assim, recordarem “os bons velhos tempos do liceu”.

A cena bateu e os tipos decidiram acabar a noite numa casa de massagens tailandesas, onde, para serem mais radicais decidiram ir para o mesmo quarto com show lésbico à mistura. Contudo, o matemático (tal era a “carga”) ficou-se e não conseguiu mais do que deitar-se a olhar para o tecto a pensar nos senos, co-senos, tangentes e afins.

O libanês viu-se sozinho com as duas senhoras e o maluco não sabia nem para onde se virar. As senhoras que tinham sido pagas previamente e eram honestas decidiram fazer o “trabalho”. Conclusão: o maluco do libanês pensa que foi atropelado por um camião.

Quanto à questão do ADN a resposta é simples: os cabelos não só aparentavam como eram mesmo humanos e pertenciam, não à loira, mas à chinesa, essa sim, com o cabelo pintado de loiro (que o libanês apelida de “asiática”) e que pertencia à tal raça dos mongóis.

Simples.

Mas o que verdadeiramente me atormentou após ler esta notícia não foi a experiência do libanês mas uma questão mais delicada:

- Se o libanês, residente na Austrália, foi mesmo, como diz, violado numa nave espacial, algures na galáxia, por uma chinesa mongól e por uma espécie de Elsa Raposo, qual a lei competente para julgar o crime?

Aceitam-se sugestões.

Comments

3 Responses to “Violado por duas extraterrestres”
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Claw disse...

Estes casos de DIP...
Salvo melhor opinião, após uma cuidada e profunda análise do elemento de conexão e dos mecanismos de devolução, creio que será aplicável a lei do pavilhão! (art. 24º do CC e 20º do CPP)
Para mais informações contactar a extinta DGV.

2:45 da tarde

Boa resposta mas incompleta, senão vejamos:

Determina o disposto no artigo 20º do CPP, sob a epígrafe (crime cometido a bordo de navio ou aeronave)

"1 - É competente para conhecer de crime cometido a bordo de navio o tribunal da área do porto português para onde o agente se dirigir ou onde ele desembarcar; e, não se dirigindo o agente para território português ou nele não desembarcando, ou fazendo parte da tripulação, o tribunal da área da matrícula.
2 - O disposto no número anterior é correspondentemente aplicável a crime cometido a bordo de aeronave.
3 - Para qualquer caso não previsto nos números anteriores é competente o tribunal da área onde primeiro tiver havido notícia do crime".


Ora, dado que não se sabe para onde a aeronave se dirigiu e ainda não existe, que seja de conhecimento público, uma matrícula de OVNIS, resta a cláusula residual prevista no n.º 3.

Ora, ao que se sabe, a notícia foi divulgada pela net pelo que é absolutamente impossível saber qual foi o local onde primeiro existiu notícia do crime.

Na ausência de tal conhecimento podemos presumir que todos tiveram conhecimento ao mesmo tempo pelo que, à partida, temos um possível conflito de competência entre Austrália, Líbano, China e Portugal.

Presuma agora o leitor que a competente queixa foi apresentada no DIAP em Lisboa e que o Ilustre Procurador deduziu acusação.

As extraterrestres, indignadas, requerem abertura de instrução arguindo a excepção de incompetência.

Como deve o Tribunal decidir?

8 valores

3:35 da tarde
Mens Insana disse...

Eu nãos sei como deverá ser, juridicamente, decidida a questão, mas se as "meninas" extraterrestres me quiserem raptar e abusar sexualmente de mim...por mim...
:)

2:38 da tarde